segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Batman Begins


Normalmente jogos baseados em heróis não são tão rentáveis as produtoras, pelo simples fato de todos eles serem voltados para o público infanto-juvenil e não poder detalhar bem os combates, dando uma vantagem ao herói que se torna quase invencível.

Na atual geração de consoles esta regra caiu por terra com o enorme sucesso causado por Batman Arkhan Asylum e Batman Arkhan City que mostra lutas bastante duras exigindo boa habilidade do jogador. Mais antes mesmo destes dois excelentes títulos, outro game estrelando o Cavaleiro das Trevas se destaca pela qualidade, é Batman Begins para PS2.

O game foi lançado pela Eletronic Arts em 2005 juntamente com o filme de mesmo título, e teve versões  para PS2, Game Cube, Xbox e game boy Advance, não teve um considerável número de vendas. Na época muitos jogadores reclamaram que os quebra-cabeças eram cópias baratas de splinter cell, pois o produtor de ambos era a mesma pessoa. De fato isto não chega a ser uma coisa consideravelmente ruim, mais por se tratar de um título de um herói de quadrinhos os quebra-cabeças foram um pouco mais simplificados.

Uma peculiaridade positiva deste game são as fases que se pode jogar com o Batmóvel. Estas fases possuem uma jogabilidade bem próxima as que encontramos em títulos como Need for Speed. As fases são bem rápidas, mais de qualquer forma agrada pela jogabilidade e pelo visual.
A possibilidade se pilotar o Batmóvel
Falando em visual, neste aspecto o game ganha pontos, os gráficos são muito bons, não chegam a ser ótimos, mais realmente muito bons. O cenário é bem fiel à sombria Gotham e possui elementos interativos, como cordas que se pode pendurar, e pilhas de caixas que se pode derrubar para chamar a atenção de algum vilão armado. Falando sobre os vilões, estes assim como o Batman são bem caracterizados e possuem movimentos bem harmônicos de acordo com a ação.
Passar despercebido é essencial
 A história segue a mesma do filme, claro que com algumas adaptações, cortes e flashback’s.

Outro aspecto bastante interessante que ganha os jogadores são os sons e dublagens. Christian Bale faz a sinistra voz do homem morcego, e as músicas são as mesmas do filme.

Neste game é preciso usar de força psicológica para intimidar alguns inimigos, e conseguir progredir no jogo, mais para que isto aconteça Batman deve agir com extrema destreza e surpreender os capangas armados, já que o homem morcego não é homem de ferro. Batman possui uma barra de respeito, e a medida que esta barra aumenta é mais fácil intimidar os capangas, com o medo eles visualizam o Batman como um demônio.

Os combates de luta são bem feitos e os movimentos bem harmônicos o que torna mais real. Muitos gamers desconhecem este game dando valor somente aos atuais títulos feitos para o Batman. Não querendo comparar os títulos atuais de Batman com o antecessor, mais sim dando o devido valor de cada, Batman Begins tem certo valor, e mostra uma pequena evolução diante aos antigos títulos de vídeo game feito para super heróis com base em filmes. Vendo por esta ótica Batman Begins até que supera a expectativa, mais não passa de uma peça bruta que ainda precisava ser lapidada para ser considerado uma jóia criada para o PS2.

Nota: 8,5

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Wolfenstein 3D


Nesta época de grandes lançamentos de FPS de sucesso e bem próximo a realidade, aproveitei o gancho e fui a fundo capturando o game que foi o percursor da ideia de um FPS, Wolfenstein 3D. Que jogaço! Este jogo remete boas lembranças da minha infância. E depois de matar zumbis, a outra coisa mais legal e prazerosa de se mandar para as profundezas são os nazistas. E este game nos proporcionou esta ótima sensação de uma forma ate então inusitada. Quem jogou vídeo game na década de 90 certamente jogou Wolfenstein 3D e é prova de tudo que falo e falarei neste post sobre este game, vejamos:

Este game foi lançado em 1992 pela Id Softwere, originalmente para rodar apenas em PC, mais com o devido sucesso a produtora lançou o game para várias outras plataformas da época como Atari Jaguar, Game Boy Advance, e Super Nintendo. Sendo esta ultima onde eu conheci este jogo e passava horas na frente da TV aniquilando os sentinelas do 3° Reich.
Tela inicial do game mostra B.J, personagem princiapl, uma mistura de exterminador do
futuro  e  Rambo, ícones da época
Neste jogo você encorpora um agente secreto aliado que deixa ser preso propositalmente para assim infiltrar  na fortaleza nazista desvendar planos nazistas, acabar com todas armas biológicas e frustar os experimentos malignos usando seres humanos como cobaia. Só que esta tarefa toda não é será nada fácil, A fortaleza é lotada de passagens secretas e armadilhas, além de sentinelas afins de chutarem sua bunda gorda Made in USA.

Wolfenstein 3D possuí uma jogabilidade que era uma novidade e tanta na época, que colocava o jogador na perspectiva de visão do personagem que fez tanto sucesso que virou um gênero de game a parte, e até hoje há uma enxurrada de títulos discípulos deste game.
Jogabilidade em primeira pessoa, inovação até então

Além de ser um dos games mais influentes da história Wolfenstein 3D, causou muita polêmica na época pela sua jogabilidade "realista" que incorporava o jogador na pele de um matador, e pelo sangue poligonal que pulsava quando algum personagem era alvejado por tiros ou escalpelado por uma facada.

O gráfico do game era totalmente poligonal, me doí falar isso de um jogo tão bom, mais o gráfico era feio até para época que foi criado, acredito que pela proximidade dos personagens com a tela dava este efeito quadricular aos elementos do game. Muitos colegas meus, na época não jogavam Wolfenstein 3D, por reclamar que dava tonturas e dor de cabeça, efeitos que nunca me ocorreram.
gráficos absolutamente poligonais
Os sons do game é muito bem executados, os barulhos de tiro são bem próximo ao som real, as musicas embalavam a jogatina de forma empolgante. Alguns chefes tinham uma voz macabra justamente para aparecer em lugares que pudesse surpreender o jogador com algum susto.

Diferente dos FPS modernos Wolfenstein 3D não possui uma infinidade de armas, são apenas 3 armas de fogo (pistola, metralhadora e metralhadora giratória) e uma faca. A metralhadora giratória é a arma mais usadas pelos chefões que possuí um nível de dificuldade meio elevado, mais nada fora do normal, salvo o Hitler que vem em uma armadura de robô equipada com quatro metralhadoras giratórias. Para matá-lo é precisos destruir a armadura e depois destruí-lo normalmente, até que não é difícil, o difícil é conseguir manter-se vivo, fugido das rajadas que ele dá em sua direção. A arma mais indicada para matá-lo é a metralhadora giratória, mais tente ser certeiro pois as munições dela vão embora em um susto.
metralhadora giratória, melhor arma contra os chefões
Com tempo e com a fama Wolfenstein 3D teve outros pacotes de fases tipo expansões, onde o próprio jogador poderia criar fases e QG's para colecionar nazistas mortos, além de fases noturnas e mais 3 episódios inéditos.

Wolfentaisn 3D está para o vídeo game assim como Michael Jackson esteve para a música, é um game que envelheceu rápido, confesso, mais que nunca foi ou será esquecido, pelo simples fato de ser o avô de muitos títulos que hoje vendem bilhões e enchem os cofres das produtoras.
Acredito que todos os produtores de grandes FPS como a Activision, a Eletronic Arts entre outras tem em Wolfenstein 3D como seu "jogo de cabeceira" ou manual de como se faz um bom FPS.

NOTA: 10

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Shadow of Rome


Existem bons jogos de ps2 mais que sua van filosofia possa imaginar, e Shadown of Rome é destes bons títulos que são lançados em meio a uma enorme leva de outros títulos de maior sucesso e acabam caindo no ostracismo, infelizmente.

Shadown of Rome é um jogo que mistura elementos de ação e luta, com uma ótima história voltada para aspectos do império Romano onde a corrupção e conspirações eram fatos corriqueiros.

Este game foi criado pelo mesmo produtor da série Onimusha em fevereiro de  2005 e lançado pela Capcom. É um jogo single  player, mais possui dois protagonistas, Octávianus, e Agrippa. Cada um dos protagonistas possuem uma missão característica, Octávianus é um civil, amigo de Agrippa e sobrinho do imperador Julho Cezar que fora misteriosamente assassinado, o maior suspeito da morte do ex-imperador foi Vipsanius um ex general do império romano, braço direito de Cezar e pai de Agrippa (que é um brutamonte, soldado do império). Confiante da lealdade do pai, Agrippa se rebela contra o império e é preso para lutar nas sangrentas arenas de Roma, e ai que Octávianus tem seu importante papel na trama. O garoto de aspecto franzino fica incumbido de fazer as missões de espionagem no melhor estilo “Metal Gear”. Como a destreza de Snake, Octávianus consegue se infiltrar nos palácios e fortalezas romanas sem ser percebido, mais para isso você tem que usar bastante de sua paciência. Diferente de Snake, Octávianus não enfrenta seus adversários, mais os ataca por trás usando vasos como arma. Com um físico semelhante ao do Salsicha ele é presa fácil para os brutamontes de armaduras do império romano. As missões com Octávianus são verdadeiros desafios, daqueles que um simples e impaciente jogador de Bomba Patch não conseguiria resolver.
Os movimentos com Octávianus tem que minuciosos
 Como Octávianus não luta, ele é capaz de fazer armadilhas com cordas ou algum elemento do cenário para derrubar os guardas, mais é algo providencial e tem um efeito rápido, já que estes apenas desmaiam. Para despistar os demais guardas, você pode pegar a armadura do guarda que está desmaiado, mais isto não é certeza de que dará certo, como o físico de Octávianus é de um típico jogador de purrinha e as armaduras nele parecem mais um sino de que um soldado romano, os guardas podem suspeitar de você caso aproxime do angulo de visão deles, a passagem diante os demais centuriões tem que ser discreta e breve, você tem que se esconder em enormes vasos ou atrás de algum móvel. Só assim é possível ter acesso a lugares restritos como o Fórum e o Senado romano.

Mais a parte digna de boa nota deste game, com certeza são os jogos romanos, regrados a sangue em cima de um solo sagrado!

...Aprendi no Spartacus, que debaixo dos pés dos gladiadores não é areia, é um solo sagrado que precisa ser regrado a sangue! O que Doctore fala É LEI!...

Voltando...
As lutas, como não poderiam ser diferente são devidamente sangrentas com cenas fortíssimas dignas dos maiores estádios e teatros romanos. Ponto positivo, a capcom conseguiu descrever bem a atmosfera vivida nos estádios desta época. Agrippa utiliza armas como cimitarras, gládio, machados, lanças, arco e fecha, clavas, espadas e alabardas enormes, além de alguns braços!
Braços??? Sim meu caro, braços, não é Mortal Kombat mas alguns golpes são tão fatais ao ponto de poder partir o membro do inimigo e usa-lo como arma no próprio.
Aqui a carnificina é digna de honra

 ...A carnificina neste jogo é prazerosa!...

As armas grandes e pesadas como algumas claves, espadas e alarbadas é preciso estar com as duas mãos livres para usá-las, e um golpe com uma arma desta poderia ser fatal. Além de armas, o peonagem poderia utilizar elmos e escudos que assim como as armas, também possuem um tempo útil de uso.

Armas maiores podem ser adquiridas ao decorrer das lutas, para isso acontecer é preciso tomar de algum lutador, ou realizando combos bem sangrentos para que a torcida o aclame, sendo assim, eles lhe enviam as armas pesadas. Quando Agrippa e aclamado pelo público também é possível conseguir comida, como pernil, pão e queijo que servem para regenerar o life. Mais isto não é tarefa muito fácil, é preciso distanciar um pouco dos adversários para poder comer, já que não há uma pausa na ação como acontece em outros games, Agrippa fica totalmente vulnerável quando está comendo. Os seus adversários também podem pegar as armas e alimentos que são lançados na arena e usar contra você.
Existem corridas mortais de carruagem no jogo
 A mecânica de luta é semelhante à usada em Onimusha, o que não é nada ruim. Agrippa como um ex-centurião do império é um especialista em batalhas e possui um vasto repertório de golpes, que vão de alguns bem simples até outros que podem matar o opoente instantaneamente. Alguns movimentos podem abrir a guarda do adversário ou livrar-se do risco, como jogar areia nos olhos do inimigo, ou alguma esquiva sobre um oponente de porte maior com limitações em movimentos rápidos.

O gráfico de Shadow of Rome, é bem feito levando em conta que o game é de 2005, mais ao jogar você terá uma leve impressão que nas partes que se joga com Octávianus o gráfico tem um cuidado maior, pode ser pelo aspecto de se retratar fortalezas, praças, e vielas da Roma antiga, ou de mascarar a carnificina que é tida nas arenas.

As músicas do jogo são boas, a cada momento há uma música adequada, que não enjoa e embala bem a jogatina, as dublagens também são bem feitas, já que o diálogo em CG’s também é algo bem usado neste jogo.

Shadown of Rome misteriosamente não fez o devido sucesso que o game merece, tornando-se um jogo cult e “degustado” por poucos jogadores, o que não tira seu mérito de ser uma das grandes obras feita para o PS2.

Nota:9.0