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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Max Payne 3



Poucos jogos desta atual geração de consoles conseguiu me prender com tanta veemência, posso citar uns quatro bons exemplos: God of War, Assassin’s Creed (série), Uncharted (trilogia), e Batman Arkhan Asilum (Acreditem ainda não joguei o Arkhan City. Sim! Eu também não me perdôo por isso).

É claro que teve outros ótimos jogos tão bons quanto estes acima, como o Red Dead Redemption, L. A. Noire, Medal of Honor, Skyrim e outros que também me prenderam bastante, mais os quatro anteriores não os considero melhores mais sim, acredito que a narrativa da história foi um pouco mais frenética a ponto de logo querer dá prosseguimento na labuta.

O ultimo grande jogo que teve esta perspicácia foi o grande lançamento da Rockstar neste ano, Max Payne 3. Ai você me pergunta: O que faz deste game tão envolvente?
Acredito que a Rockstar criou um game com uma narrativa cinematográfica, mais sem esquecer sua essência contida nos primeiros jogos da série, além de melhoras consideráveis na jogabilidade e gráficos exuberantes descrevendo com franqueza as favelas de São Paulo, o que de fato quando anunciado, que o game se passaria no Brasil houve um frenesi, em sites e fóruns de games em torno desta afirmativa. Todos, inclusive eu, tinham medo de ver uma São Paulo meio carioca, tirada diretamente de filmes como Tropa de Elite e Cidade de Deus. Mais acredito que houve por parte da Rockstar um estudo das características do local e do comportamento da população.

Na minha ótica a fictícia favela Nova Esperança retratada no game, reproduz com certo realismo as favelas paulistas. Além da favela há cenários como botecos, bordel, boate, estádio de futebol (acredito que não há um time brasileiro com uma estrutura tão boa quanto ao time fictício Galantis F.C), ferro velho, aeroporto, metrô, escritório das empresas Branco, mansões, Rio Tietê (mais limpo e navegável como nunca). De fato o Rio Tietê possui parte navegável na região de sua nascente na Serra do Mar, ele se torna o que conhecemos quando chega a São Paulo, mais como o jogo se passa em São Paulo capital os gringos trataram de “limpar” o Tietê por completo. Outro cenário que vale destacar são as ruas da metrópole, que não foram descaracterizadas, placas de trânsitos e orelhões nas cores dos orelhões da "telefônica" descrevem bem isto.
São Paulo não está ali fielmente retratada, mais de fato não houve a tal “carioquização” da metrópole paulista como muitos diziam que iria haver.  
Tiroteio em Nova Esperança, favela fictícia do game
Sobretudo só de saber que um game de uma empresa que mantém uma fama de prezar sempre pela qualidade e é reconhecida pela polêmica de seus games, fazer do Brasil cenário de uma de suas obras, faz com que nós brasileiros ficamos mais curiosos e envolvidos com o desenrolar da história.

História esta que dá seguimento a série de jogos do PS2, XBOX, e PC que estava esquecida e com um dedo de poeira nos porões Californianos da Rockstar. Eis que a empresa que nunca dá tiro no escuro em seus lançamentos teve a brilhante idéia de trazer de volta o a tona o detetive mais barra pesada de NYDP, agora querendo apagar seus fantasmas em doses de whisky e analgésicos em terras “Brasilis.

Max vem ao Brasil a convite de Raul Passos, um antigo amigo que trabalha como segurança de magnatas brasileiros. A vinda de Max acontece, pois o mesmo tem a cabeça caçada em Nova Jersey (ultima cidade onde morou nos EUA) e em todo território norte americano, isto acontece após Max assassinar Tony de Marco, filho de Anthony de Marco, um poderoso e influente gangster local.

Morando na cidade de São Paulo Max Payne é segurança particular de Rodrigo Branco, um magnata brasileiro do ramo imobiliário, e adepto as baladas regadas á mulheres, whisky e farinha que o Maradona curte. Em meio a uma destas baladas loucas. A bela esposa de Rodrigo Branco é seqüestrada por uma gangue conhecida como comando sombra, uma espécie de PCC fictício, que tem como chefe Serrano, uma espécie de Zé Pequeno dos games.

A partir deste momento Max se envolve de vez na trama a ponto de colocá-lo como homem mais procurado de São Paulo, tanto pela polícia tanto pelo poder paralelo.

O game retrata o personagem principal com expressões sempre fechadas e com um físico pouco mais debilitado devido a idade e o vício em whisky e analgésicos. Desta vez Max está de cabeça raspada e barba maior, o que torna o personagem visivelmene mais brutal. Os movimentos de Max são um pouco mais lentos do que nos game anteriores, nada que o venha atrapalhar a erradicar um exército inteiro de facínoras, mais serve para ilustrar bem a passagem do tempo na vida de Max.  

O efeito Bullet-time, popularmente conhecido como câmera lenta do Matrix, foi aprimorado e dá mais ação ao game, nada mais espetacular do que acertar um balaço do inimigo e a ver atravessar seu crânio e miolos como uma faca na manteiga!...

Vocês não acham isto legal? Não?!...

Estão todos condenados a passarem o restos de suas vidas sentados no colo do Boss de Dante’s Inferno!..

...Voltando ao estado normal de consciência!...

O efeito Bullet-time ou camera lenta Matrix
O life de Max pode ser regenerado se drogando com analgésicos, o que faz Max ficar momentaneamente tonto com os remédios, e a outra forma é usando a mecânica Last Man Standing, que te proporciona uma câmera lenta para alvejar o inimigo que está te matando, mais isto só pode acontecer caso o tiro que você tomar não for um tiro letal, ou na cabeça ou um tiro de uma arma de grosso calibre a queima roupa, o que trona o game mais difícil e desafiador.

mecânica Last Man Standing de regeneração do life
O Multiplayer de Max Payne é bastante divertido e viciante, é possível a montagem de clâns, customizar seus armamentos e personagem. As customizações vão de tênis, sapatos e chinelos a serem escolhidos, até caracterização facial, passando por cabelo, cor de pele dentre várias roupas e equipamentos que ao longo que seu personagem vai subindo de nível vai adquirindo dinheiro para serem destravados. Cada equipamento possui um benefício e um malefício, exemplo, o colete a prova de balas te dá resistência mais em contra partida te deixa mais lento.

A dublagem e músicas que ambientam Max Payne 3 pode ser hora um ponte forte, hora um ponto fraco do game, As músicas de funk com letras bem pesadas ouvidas no game na favela e no bordel, descreve bem o cenário que quiseram retratar, partes do jogo temos também músicas do rapper paulista Emicida, ao meu ver as músicas foram bem escolhidas e transmite bem ao jogador a atmosfera do game. O que deixa a desejar em certos momentos são as dublagens que parecem feitas por brasileiros que não falam a língua nativa por muito tempo, ou então atores dignos do cast da novela mutantes. Em momentos de ira os palavrões saem de forma tão forçada que parece uma criança quando começa aprender falar, em outros momentos não há sincronia da ira do personagem com a fala ouvida. Mais o mais desagradável é existir tantos brasileiros falando inglês fluentemente. Seria uma maravilha se isto fosse verdade, mais de fato ao meu ver esta é a maior bola fora do game. Nada que estrague. Certa forma é engraçado ao meio do tiroteio ouvir algum xingamento, bandidos se vangloriando e te ameaçando em português.

Ao jogar Max Payne tive uma pequena impressão de estar jogando mais do mesmo só que com visíveis melhorias, O jogo tem narrativa similar a Kane and Lynch Dog Days 2 (do qual escrevi neste post), não estou comparando ambos, Max Payne é infinitamente melhor, apenas a narrativa, á atmosfera, a barra que os personagens passam para se safar de bandidos e polícia simultaneamente é similar. Em minha opinião Max Payne superou a expectativas que eu tinha em torno deste título, transbordando clichês típicos de filmes de ação. Um ótimo jogo para quem gosta de ótimos jogos, tiroteios em terceira pessoa sem cessar, além de uma história envolvente contada de forma cinematográfica, no melhor estilo “Duro de Matar”.

Nota: 10

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sunset Riders


Desde pequeno me acostumei assistir filmes westen por influência do meu pai, que aos sábados alugava fitas k7 do gênero e assim passávamos algumas tardes e noites assistindo. Lembro-me que sempre empolgava com os filmes e criava desenhos dos personagens que assistia. E com isso fui tomando cada vez mais gosto por este estilo de filme que mantinha um clichê todo seu, com frases e personagens com personalidade e comportamentos quase sempre pré-definidos.

Certa vez conheci um jogo chamado Sunset Riders para Super Nintendo, e como não poderia ser diferente tive de adquirir aquele jogo de faroeste para o SNES, pois ele unia tudo aquilo que eu gostava, jogar Beat up, e ainda mais com o tema do velho oeste, uma inovação até o momento. Tempos depois soube da existência de um outro jogo de Faroeste chamado Cawboy Kid, desenvolvido para o NES, mais até então os meus olhos só estavam voltados para Sunset Riders.

O jogo é um típico Run n’ Gun, (gênero muito semelhante ao Beat up) onde podemos atirar em tudo e todos que vemos e pegar todos os itens que encontramos pelo caminho, e consiste em uma jogabilidade simples e eficaz como andar, atirar, pular para se esquivar de algum tiro ou subir em alguma coisa. Ou seja, um estilo simples e cativante, bem usado em décadas anteriores. Além da boa jogabilidade este game lhe dava opção de se jogar multiplayer, o que fazia o jogo mais divertido ainda, pela quantidade de tiros que tínhamos na tela.
Screenshot do game

A história do jogo se passa no oeste americano, (como não poderia ser diferente) e era bem simples, típica de filmes Westen da época. O game possuía quatro personagens que o jogador poderia escolher entre eles, Stive, Billy, Bob e Cormano o único deles com aparência de mexicano e o melhor para se jogar, em minha opinião. Stive e Billy usavam como arma uma pistola que possuía tiros mais rápidos e Bob e Cormano usavam espingardas que tinham  tiros um pouco mais lento mais possuía uma área de alcance angular maior. 
Diferente de hoje, roupa colorida na época era coisa de homem
Os quatro eram caçadores de recompensas e cruzavam o velho oeste americano atrás de perigosos criminosos, que não poderia ser diferente também era como os clichês dos filmes do gênero. Índio malfeitores, mexicano fora-da-lei, assaltantes de banco, sequestradores de dançarinas de cancan indefesas e por ai vai o vasto menu de bandidos ambientados no velho oeste. Uma receita simples mais infalível. A cada início das oito fases do game apareciam cartazes com o rosto do procurado, a famosa frase: “Procurado vivo ou morto” e a recompensa que aumentava de acordo com o grau dificuldade da fase e do chefe.
Índio escapelador, um dos chefes finais do game
Considerando-se um game de 1991, possuía gráficos bonitos e funcionais com cenários detalhados, que mesmo com muitos elementos na tela a mecânica de movimentos dos personagens não era afetada com lentidão e respondiam bem os comandos. O jogo é bastante colorido uma estratégia bem executada pela Konami, desenvolvedora do game, isto maquiava um pouco os serrilhados de imperfeições do gráfico.
Outro fator positivo deste game eram as músicas bem ambientadas e o som ambiente que respondiam bem as ações dos personagens, como explosões, galopes dos cavalos, som do trem e até mesmo as vozes dos chefes.
Tela final do game
Na minha concepção este game abriu as portas do gênero Westen no universo dos games, mais até hoje este gênero ainda é pouco utilizado pelas empresas do ramo. Para a atual geração de consoles temos dois títulos de sucesso (Call of Juarez e Red Dead Redemption) e nada mais, uma pena! Sunset Riders é um daqueles jogos que maçaram época, pela simplicidade que o torna extremamente divertido e cumpre muito bem sua meta. Se você jogou este game sabe bem de que eu estou falando!

Nota: 9,0